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  • 30 de dez. de 2021

2021. Falando da doença, foi o pior ano até agora. Cada vez reconheço menos as minhas pernas. Aquela fotografia que tirei no início deste blog, está longe daquilo que agora tenho de confrontar ao espelho todos os dias. A cada dia que passa encontro um novo nódulo de gordura, uma nova dor, um novo desconforto (físico ou psicológico). E a pior parte é sentir que nada daquilo que faço melhora a situação.

Por estes motivos, e outros, decidi afastar-me um pouco daqui nos últimos meses. Porque às vezes torna-se demasiado difícil escrever sobre o lipoedema, as pernas, as dores, as consequências.

Gostava de conseguir acreditar que 2022 vai ser melhor, que a minha nova dieta e novos esforços vão finalmente recompensar. Mas não estou ainda nesse ponto, e não vou mentir a mim própria.

Que venha 2022 ...

 
 
 
  • 25 de out. de 2021

Desde já quero agradecer a todas as páginas, sites, redes sociais (...) toda a informação que nos conseguem transmitir. São de facto uma grande ajuda e contributo para a desmistificação do lipoedema (mega objetivo!).


Mas isto aqui, o meu espaço, é o que eu quero fazer, e é como quero chegar às pessoas. Quero, e espero, que esta vertente mais intimista e pessoal sirva para que outros queiram também partilhar as suas experiências. Fico à vossa espera.


Esta sou eu, mais uma vez, sem filtros. Obrigada por todo o apoio até aqui!


 
 
 
  • 16 de out. de 2021

É tudo uma questão de perspetiva. De como nos vemos, de como vemos os outros. E juro que em algumas delas, não consigo (ainda) reconhecer-me.

Nesta fotografia em específico, não sei como aceitar as minhas pernas. Já me habituei a vê-las mais, aceitá-las mais, em maior parte dos “ângulos”... Mas às vezes esta doença ainda me consegue surpreender. E não pelas melhores razões.


São momentos como este que me fazem pensar que talvez nunca consiga aceitar completamente esta que é a minha aparência, a minha pessoa. E que bom que é ter pernas! Sim, é incrível, e sou muito grata por poder andar, correr, saltar, tudo! Mas as minhas inseguranças estão sempre lá, e naquele dia falaram mais alto.


Por isso mesmo, decidi partilhar esta minha perspetiva com o "mundo", para diminuir o ruído à volta e recuperar a minha voz.

 
 
 

Obrigada pelo apoio!

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