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Talvez se tirar mais fotografias. Talvez se usar mais vestidos, saias e calções. Talvez se falar mais sobre o assunto. Talvez vá aceitando melhor com o passar do tempo. Talvez.


Mas talvez isso não seja bem assim quando as vejo a piorar de dia para dia…


Fui diagnosticada a 18 de julho de 2019, faz hoje exatamente 3 anos. Tirei a primeira fotografia com Lipoedema confirmado a 10 de fevereiro de 2021, exatamente há 523 dias atrás. E desde aí já tanta coisa mudou. Mudei eu, a minha vida, a minha família e as minhas pernas. É sobre as últimas que vos quero escrever hoje.

Quando eu digo que o processo de aceitação é contínuo, que tem altos e baixos, é mesmo porque o sinto assim. Pois em 2021 eu aceitei umas pernas que já não existem, e, portanto, agora vou ter de aceitar também a versão 2022 delas. E para ser sincera não está a ser nada fácil.


Comecei a trabalhar num part-time, para além do meu emprego normal. Mais horas. Mais stress. Menos descanso. Mais danos. Hoje tenho de aceitar “blocos” de gordura novos, dores novas, deformações novas e um corpo cada vez mais disforme. Tudo isto me faz querer que a cirurgia vai ter de acontecer antes da minha primeira gravidez, por muito que saiba que isso poderá ter consequências negativas. Mas neste momento, em que as drenagens semanais já não estão

a ajudar tanto como deviam, não vejo outra saída.


Talvez amanhã seja diferente. Talvez amanhã volte a aceitar mais uma vez.

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O meu diário, em vídeo. O mais honesto desde o início.

Keeping it real.


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Hoje em dia, tudo tem dois lados, duas perspetivas, dois sentidos. Aliás, não diria dois, diria antes infinitos. Lembro-me de algo simples como a dieta do jejum. Consigo encontrar especialistas da área a dizer que SIM, bem como consigo encontrar igual número de especialistas a dizer que NÃO. Como este exemplo, existem imensos outros.

Afinal como é que ficamos nós, meros espectadores, no meio de tanta informação contraditória e incongruente? Não é fácil, quase impossível por vezes, distinguir aquilo que é real do que não é.

Dentro do campo do lipoedema não é diferente. Apesar de ser uma doença crónica pouco valorizada, em termos estéticos consegue ser bem esmiuçada por diversas entidades. E é fácil ficarmos perdidos no meio de tanta informação quando estamos à procura de uma resposta que ninguém tem.

Por isso sim, devemos sempre procurar informação, para depois a selecionar e encontrar aquela que consideramos o mais fidedigna possível, é apenas essa que interessa absorver. Pode ser um caminho turbulento, mas se fosse fácil todos o faziam.


Boa viagem!

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