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  • 28 de mai. de 2021

Passado um ano e meio, fui comprar roupa! Experiência essa que me causa alguma ansiedade sabendo os quilinhos a mais que o confinamento me trouxe. Mas lá fui eu.

E, por uma vez, posso dizer que até correu bem. Apesar das lutas do costume dentro dos provadores, e os litros de suor à parte, foi bom encontrar roupa feita para seres humanos em vez daquela imaginada para os manequins das montras.

Pode parecer estranho, mas sinto que houve uma altura, maioritariamente na minha adolescência, em que todas as roupas disponíveis nas lojas envolviam o termo “skinny” ou “slim”. Não me interpretem mal, continua a haver uma vaaaaasta gama desse tipo de roupa, sobretudo calças. Mas se procurarmos bem conseguimos encontrar também roupa confortável e onde as minhas pernas não se sentem uns chouriços.

É engraçado pensar que este tipo de roupa já se usou há uns anos atrás, a minha mãe quase se arrependeu de ter deitado algumas peças dos seus anos 20 para o lixo. Então retrocedemos? De onde vem a necessidade de termos roupa sempre a espremer-nos o corpo a toda a hora? Não sei se algum dia iremos saber isso.

O que sei é que me sinto cada vez melhor com o meu roupeiro “fora da norma” – sinónimo de conforto. Porque para desconforto, já me basta aquele que o lipoedema me traz, quanto mais se juntar a isso umas “skinny jeans”!

 
 
 
  • 24 de mai. de 2021

Atualizado: 25 de mai. de 2021

Venho falar de um webinar sobre o lipedema, do qual gostei imenso, espero assistir a muitos mais no futuro!! Adoro poder aprender cada vez mais sobre esta doença.


O título do webinar é: "Tenho lipedema... E agora?", e foi organizado pela Associação Nacional dos Doentes Linfáticos (andLINFA).


Podem ter acesso ao webinar completo na página de facebook da andLINFA ou no link: https://www.youtube.com/watch?v=Aa8HlPQlc54&t=5742s


Espero que gostem tanto quanto eu!


 
 
 
  • 15 de mai. de 2021

Desafiaram-me a conviver com as minhas pernas durante um dia. Sim, elas estão sempre lá, mas é diferente quando estão a descoberto, fica mais difícil “ignorar o óbvio”. Portanto aqui estou eu, a usar calções durante um dia inteiro, em casa (baby steps).

É estranho como ao vê-las mais, estranho-as menos.


Acho que um conjunto de fatores contribuiu para a minha não aceitação do lipoedema. Para começar, sou BASTANTE míope, sem óculos/lentes acho que não via um boi à minha frente (pelo menos não a tempo de me desviar). Por isso, quando tomo banho, altura em que inevitavelmente vou ter as minhas pernas “livres”, continuo sem as ver. E depois, a minha decisão de deixar de vestir calções, saias, vestidos… No fundo, parece que durante bastante tempo estive a fazer exatamente o oposto do que preciso, esconder em vez de libertar.


A verdade custa. A realidade custa. A imperfeição custa. Mas não é por eu não as conseguir ver que deixam de estar lá. Por isso vamos mostrá-las mais, as verdades e as pernas!

 
 
 

Obrigada pelo apoio!

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